O que fazer se o bebê não quer mamar?

A amamentação é um dos marcos mais importantes para a saúde do bebê, mas nem sempre ela acontece como o planejado. 

Quando a criança começa a recusar o peito, ou simplesmente parece desinteressada em mamar, é normal que surjam dúvidas, inseguranças e até frustrações.

Antes de tudo, respire fundo e entenda que essa situação é mais comum do que parece e, com calma e paciência, se entende o que está acontecendo, assim como a busca pelas melhores soluções.

Por que o bebê pode não querer mamar?

São diversos fatores podem interferir na amamentação. Entre os mais comuns, estão:

• Dificuldades na pega: se o bebê não consegue abocanhar corretamente a aréola, pode se frustrar e recusar o peito;

• Fase de confusão de bicos: bebês que usam mamadeira ou chupeta com frequência podem estranhar o esforço de ter que sugar o peito;

• Picos de crescimento: durante os conhecidos “saltos de desenvolvimento”, o bebê costuma ficar mais irritado e mamar com menos frequência;

• Problemas de saúde: dor de ouvido, nariz entupido, refluxo ou aftas tornam a amamentação desconfortável;

• Mudanças de ambiente ou rotina: ambientes barulhentos, cheiros diferentes ou estresse da mãe impactam nesse momento tão sensível.

O que observar?

O primeiro passo é entender se a recusa está relacionada a algo pontual ou recorrente. Tente perceber:

• O bebê chora ao se aproximar do peito?

• Ele aceita mamar em alguns momentos e em outros, não?

• A produção de leite está adequada?

• Há sinais de dor, febre ou desconforto?

Anotar o comportamento do bebê pode ajudar bastante na hora de conversar com o pediatra ou consultora de amamentação.

O que fazer para contornar a situação?

Abaixo, separamos algumas dicas que podem te ajudar a tornar esse momento difícil o menos complicado possível:

• Mantenha o contato pele a pele: isso ajuda o bebê a se sentir mais seguro e pode estimular a sucção;

• Ofereça o peito em momentos de calma e sonolência: bebês aceitam melhor a mamada nesses períodos;

• Evite forçar: insistir pode gerar ainda mais rejeição; em vez disso, respeite o tempo do bebê e tente novamente mais tarde;

• Experimente diferentes posições de amamentação: o incômodo muitas vezes pode estar relacionado à posição;

• Procure ajuda profissional: uma consultora de amamentação avaliará a pega, o freio lingual, a produção de leite e orientará o que fazer com mais assertividade.

E se for necessário complementar?

Em alguns casos, seu médico pode indicar o uso de copinhos, colher dosadora ou até sonda, garantindo que o bebê esteja bem alimentado enquanto a amamentação é ajustada. 

Se o seu filho está recusando o peito, acolha esse momento com carinho, já que a amamentação é um aprendizado mútuo, e às vezes, leva tempo para encontrar o ritmo. 

Confie no seu instinto, busque apoio e lembre-se: o vínculo entre vocês vai muito além do ato de mamar.