O impacto das telas no cérebro infantil: limites saudáveis

De desenhos animados aos jogos educativos, as telas estão por toda parte na vida das crianças.
Considerada como um inimigo por uns e uma aliada de outros, qual será a opinião da ciência sobre o impacto no desenvolvimento cerebral? Como estabelecer limites sem transformar a casa em um campo de batalha?
É isso que nós vamos desvendar hoje, te ajudando a criar uma relação saudável entre seus filhos e a tecnologia!
O que a ciência já descobriu?
Estudos mostram que o cérebro infantil é altamente flexível, se adaptando rapidamente a estímulos.
Telas, quando usadas em excesso ou de forma inadequada, podem influenciar diretamente no desenvolvimento cognitivo e na redução da capacidade de se concentrar em atividades não digitais.
Além disso, podem resultar na dificuldade de resolver problemas criativos sem a ajuda da tecnologia.
Outro ponto de impacto são as habilidades sociais, onde geralmente há menos interação face a face, ocasionando o atraso na leitura de expressões emocionais.
E não pára por aí! O sono também sofre por causa da luz azul das telas, justamente por inibir a produção de melatonina - o hormônio do sono.
Por fim, o controle emocional é impactado por estímulos rápidos demais (como o caso dos vídeos do YouTube) aumentando mais a impulsividade.
E não é à toa que a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda zero telas para crianças menores de 2 anos, e, o máximo de 1 hora por dia até os 5 anos.
E os benefícios? Existem?
Como você viu acima, o uso de telas não é totalmente um vilão, mas quando controladoe com consciência. Por isso, invista em:
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Conteúdos educativos: apps de matemática, idiomas ou de ciências;
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Conexão familiar: videochamadas com avós ou outros parentes que moram longe;
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Criatividade: desenhos digitais ou outros apps que estimulem a imaginação.
5 limites saudáveis que funcionam
E como começar? Confira nossas dicas:
1. Zonas livres de tecnologia
Estabeleça algumas áreas da sua casa como proibido a entrada de smartphones, ipads ou outros meios tecnológicos.
Nesse caso, podem ser quartos, mesa de jantar e carro - defina-os como áreas 100% offline.
2. Conteúdos filtrados
Use plataformas como YouTube Kids com controle parental e selecione canais que ensinem habilidades ou que incentivem conteúdos interativos.
Alguns dos temas que podem ser incluídos são músicas, desenhos, idiomas e tantos outros.
3. Tempo de tela limitado
Como você viu acima, a própria OMS recomenda apenas 1 hora de tela para crianças acima de 5 anos, portanto, mantenha esse limite para seu pequeno.
E claro, se menor que essa idade, evite ao máximo, já que isso pode afetar de forma negativa o desenvolvimento da criança em muitos quesitos.
4. Telas proibidas antes do sono
Se nem para nós adultos é recomendado telas antes de dormir, quem dirá para seu filho ou bebê, não é mesmo?
Substitua por leitura ou a contação de histórias, hábitos muito mais saudáveis e com maior foco em desenvolvimento.
5. Seja um exemplo
Você já sabe que crianças imitam adultos, certo? Portanto, se você vive no celular, é natural que elas queiram reproduzir esses hábitos também!
Invista em leitura, em hobbies mais manuais e em momentos de família sem o uso de telas em sua casa.
O segredo está no equilíbrio e na qualidade do conteúdo. Com os limites certos, você protege o desenvolvimento cerebral do seu filho e cria memórias que nenhuma tela pode substituir.